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    Como parte de nosso compromisso em fornecer as informações mais atualizadas e pertinentes sobre o setor de logística, compartilhamos o nosso Market Update para a América Latina.

    Você encontrará informações e dados interessantes sobre a atualização do estado dos portos, rotas de transporte mais importantes e notícias pertinentes.

    Esperamos que considere as informações a seguir úteis, além de inspiradoras para impulsionar seus negócios e manter suas cargas em movimento.

    Tópico do Mês: Lições de Altas Temporadas Anteriores: Como a logística latino-americana está se adaptando em 2025

    Nos últimos anos, equipes de logística na América Latina enfrentaram uma série de interrupções que mudaram a forma como lidam com a alta temporada. Da pandemia de COVID-19 e tensões geopolíticas à inflação e eventos relacionados ao clima, esses desafios expuseram vulnerabilidades nos modelos tradicionais de cadeia de suprimentos e aceleraram a necessidade de transformação.

    Em uma região caracterizada por diversas geografias, complexidades regulatórias e crescente demanda por comércio eletrônico, os riscos durante a alta temporada são especialmente elevados. As empresas tiveram que se adaptar rapidamente, repensando estratégias de aquisição, investindo em tecnologia e construindo redes mais resilientes para atender às mudanças nas expectativas dos consumidores e às pressões operacionais.

    Agora, em 2025, os líderes logísticos da América Latina estão aplicando lições aprendidas das altas temporadas anteriores para navegar pela atual com maior agilidade, visão e inovação. O tema deste mês explora como essas lições estão moldando operações logísticas mais inteligentes e resilientes em toda a região e como as equipes estão convertendo disrupções em oportunidades.

    O Legado da Disrupção

    Nos últimos cinco anos, o setor de logística da América Latina foi moldado por uma série de disrupções globais e regionais que expuseram vulnerabilidades e aceleraram a transformação. Desde os gargalos provocados pela pandemia até tensões geopolíticas e instabilidade econômica, esses eventos deixaram um impacto duradouro na forma como as equipes de logística se preparam para a alta temporada.

    COVID-19 e seus efeitos

    A pandemia de COVID-19 desencadeou disrupções generalizadas em todas as cadeias de suprimentos latino-americanas. Lockdowns, escassez de mão de obra e congestionamentos portuários levaram a atrasos e desequilíbrios de estoques. De acordo com um estudo da Agência de Segurança Cibernética e de Infraestruturas dos EUA, 62% das empresas em todo o mundo, incluindo muitas na América Latina, relataram disrupções na cadeia de suprimentos afetando entre 20% e 80% de seu volume total.

    Um homem trabalhando no sistema

    Na América Latina, a pandemia realçou a fragilidade dos modelos just-in-time e a dependência excessiva de fornecedores distantes. Diversas pressões levaram as empresas da região a investir em ferramentas digitais, diversificar as fontes de suprimento e fortalecer relações com fornecedores locais a fim de construir operações mais resilientes.

    Volatilidade Geopolítica e Econômica

    Passando a pandemia, as equipes de logística da América Latina tiveram que navegar por um cenário geopolítico em constante mudança. Tensões comerciais levaram ao redirecionamento de fluxos de frete e ao aumento de custos de seguro. O aumento do protecionismo e da securitização de recursos tornou o acesso a insumos críticos mais sensível do ponto de vista político.

    Além disso, as perspectivas econômicas da América Latina permanecem frágeis. De acordo com a ECLAC, a expectativa é de que a região cresça apenas 2,2% em 2025, com a América Central e o México enfrentando um crescimento ainda mais lento devido à demanda externa enfraquecida dos EUA. Essa volatilidade econômica levou as equipes logísticas a construir proativamente planos de contingência, diversificar redes de fornecedores e fortalecer parcerias regionais para garantir a continuidade.

    Disrupções Climáticas

    A mudança climática também está surgindo como um fator de disrupção de longo prazo. Eventos climáticos extremos, tais como inundações, secas e furacões, estão afetando cada vez mais portos, rodovias e centros de distribuição na América Latina. Embora a pandemia tenha sido um choque temporário, a perturbação relacionada ao clima continuará e exigirá mudanças fundamentais na infraestrutura e no planejamento.

    O há de diferente em 2025?

    Após anos de disrupções, as equipes de logística em toda a América Latina entram na alta temporada de 2025 com uma nova mentalidade, moldada pela experiência, pela tecnologia e pelo crescente foco na resiliência. As estratégias reativas do passado estão dando lugar a abordagens proativas e baseadas em dados, que priorizam agilidade, visibilidade e sustentabilidade de longo prazo. Essa transformação é visível em quatro dimensões chave:

    1. Planejamento Antecipado e Inteligente

    Este ano, as equipes de logística latino-americanas estão planejando com mais antecedência e de maneira mais inteligente. O uso de grandes modelos de linguagem (LLMs) e análises avançadas vem permitindo que empresas simulem cenários de demanda, antecipem gargalos e otimizem fluxos de estoque bem antes da alta temporada.

    Um grupo de pessoas conversando

    Essa mudança é particularmente relevante em uma região em que as limitações de infraestrutura e a complexidade regulatória podem amplificar os atrasos. Otimizando ferramentas preditivas, empresas na Argentina, Brasil e Colômbia estão melhorando a precisão da previsão da demanda e reduzindo ajustes de última hora que anteriormente levavam a ineficiências e aumento de custos.

    De acordo com o Índice de Inteligência Artificial da América Latina (ILIA 2025), a adoção de IA na logística está acelerando, com o Chile e o Brasil liderando a integração do aprendizado de máquina no planejamento da cadeia de suprimentos. Essas tecnologias estão ajudando as equipes a passar do "combate a incêndios" reativo ao planejamento estratégico de cenários, transformando a incerteza em uma variável gerenciável.

    2. Soluções Orientadas pela Tecnologia

    A tecnologia deixou de ser uma função de suporte; é o núcleo das operações logísticas. Em 2025, as empresas latino-americanas estão integrando IA, robótica e gêmeos digitais para automatizar processos, monitorar cargas em tempo real e simular disrupções antes que elas ocorram.

    Gêmeos digitais, em particular, estão ganhando força na região. Essas réplicas virtuais das cadeias de suprimentos físicas permitem que as equipes testem planos de contingência, otimizem rotas e avaliem o impacto de choques externos, tais como fechamentos de portos ou condições meteorológicas extremas, sem interromper as operações reais.

    Um relatório do MIT Sloan destaca como a IA está sendo utilizada para resolver os desafios fragmentados da cadeia de suprimentos, aprimorar a roteirização e aumentar a detecção de fraudes. Na América Latina, isso se traduz em automação de armazéns mais inteligentes, gerenciamento dinâmico de frota e melhor visibilidade das redes multimodais.

    As empresas também estão investindo em sistemas de rastreamento habilitados para IoT para monitorar em tempo real as condições e a localização das cargas, algo especialmente crítico para mercadorias sensíveis à temperatura e embarques de alto valor durante a alta temporada.

    3. Parcerias com Integradores Logísticos

    Um número crescente de empresas na América Latina está recorrendo a integradores logísticos para simplificar as operações e obter visibilidade de ponta a ponta. Esses integradores oferecem serviços agrupados que combinam transporte, armazenamento, gestão de alfândega e plataformas digitais sob um único recurso centralizado.

    Esse modelo é particularmente valioso durante a alta temporada, quando a necessidade de coordenação entre vários fornecedores pode gerar atrasos e falhas na comunicação. Por meio de parcerias com integradores, as empresas se beneficiam de controle centralizado, compartilhamento de dados em tempo real e infraestrutura escalável que se adapta aos picos sazonais de demanda.

    Um homem e uma mulher no campo

    Essas parcerias ajudam as empresas a simplificar operações, elevar os níveis de serviço e reagir com mais agilidade a possíveis interrupções. Em regiões como a América Central e o Cone Sul, os integradores têm um papel essencial na implementação de estratégias de nearshoring, com soluções multimodais que conectam centros de produção aos mercados consumidores de maneira mais eficiente.

    4. Resiliência por meio da Diversificação

    Talvez a mudança mais significativa em 2025 seja o foco estratégico na resiliência — e não apenas na eficiência. As equipes de logística na América Latina estão ampliando suas bases de fornecedores, avançando em estratégias de nearshoring e fortalecendo parcerias regionais para diminuir a dependência de rotas globais de comércio sujeitas a volatilidade.

    O e-book Além do Básico:  Como a Resiliência Está Redefinindo as Cadeias de Suprimentos na América Latina, lançado em colaboração com o Financial Times Longitude, enfatiza a necessidade de as cadeias de suprimentos latino-americanas se tornarem antifrágeis, capazes de absorver choques e continuar a funcionar sob pressão. O estudo aponta como principais ameaças as tensões geopolíticas, as mudanças climáticas, a disrupção digital e a evolução do comportamento do consumidor, encorajando as empresas a desenvolver cadeias de suprimentos preparadas para prosperar mesmo diante desses desafios.

    O nearshoring vem ganhando força, especialmente no México e na América Central, à medida que as empresas buscam reduzir prazos de entrega e diminuir a exposição à volatilidade da região Ásia-Pacífico. Essa tendência é impulsionada por acordos comerciais regionais e por investimentos em infraestrutura voltados a fortalecer os corredores logísticos intra-latino-americanos.

    Caminhão com contêiner Maersk em Seul

    Modelagem preditiva e gêmeos digitais também estão sendo utilizados para simular cenários de risco, tais como a falha de fornecedores ou o congestionamento portuário, e orientar decisões estratégicas relacionadas a sourcing, alocação de estoque e modais de transporte.

    Em resumo, 2025 marca um ponto de virada para a logística na América Latina. As cadeias de suprimentos da região estão se tornando mais inteligentes, adaptáveis e resilientes, impulsionadas pela tecnologia, pela visão estratégica e pelo compromisso com a sustentabilidade de longo prazo. Essas transformações não apenas permitem que as empresas enfrentem a alta temporada, mas também que se posicionem na liderança durante esse período.

    Com a chegada da alta temporada de 2025 na América Latina, as equipes de logística deixaram o modo de sobrevivência para atuar de forma estratégica, apoiadas em tecnologia e resiliência. As disrupções dos últimos cinco anos funcionaram como um catalisador para a transformação, impulsionando as empresas a repensar como planejam, operam e colaboram ao longo da cadeia de suprimentos.

    Desde o planejamento antecipado baseado em IA e análise preditiva até parcerias mais profundas com integradores de logística e estratégias de sourcing diversificadas, o panorama logístico da região está evoluindo rapidamente. Essas mudanças não são apenas respostas a desafios passados; são passos proativos rumo a um ecossistema de cadeias de suprimentos mais ágil e preparado para o futuro.

    Equipes de logística da América Latina estão demonstrando que a resiliência não se resume apenas a se recuperar, mas a construir sistemas mais inteligentes e adaptáveis que prosperam sob pressão. Com o desenrolar da alta temporada, as empresas que assimilaram essas lições se posicionam para não apenas atender à demanda, mas também converter a complexidade em vantagem competitiva.

    O futuro seguirá apresentando desafios e incertezas, mas com os recursos certos, parcerias estratégicas e uma mentalidade proativa, o setor de logística da América Latina está mais preparado do que nunca para navegar por esse cenário.

    Atualizações Marítimas

    Navio Maersk
    Rota comercial Comentários
    Rota comercial
    Costa Leste da América do Sul para Intra-Américas
    Comentários

    Atualização do Serviço Brazex:
    Concluiremos nossa participação no serviço Brazex. A última viagem no sentido sul-norte será a 'M/V CMA BERLIOZ' 544N (ou substituto), com partida de Paranaguá em 1º de novembro de 2025.
    Continuaremos atendendo o Caribe, o Golfo dos EUA e o México por meio de nossos serviços UCLA e Gulfex, garantindo cobertura confiável para suas necessidades de carga.

    Ajustes de Serviço Tango:
    Suspensão de Norfolk estendida; cargas serão manipuladas via transbordo em Cartagena.
    A escala quinzenal do Rio de Janeiro permanece em vigor até novo aviso.

    Shuttle ECSA — Nova Rota:
    Com início em novembro, o Shuttle ECSA operará quinzenalmente com a seguinte rota:
    Paranaguá → Santos (DP World) → Manzanillo (Panamá)
    Essa configuração melhora a conectividade com o Caribe, os EUA e a Costa Oeste da América do Sul, proporcionando mais flexibilidade para embarques regionais e intercontinentais.

    Status dos principais portos

    ECSA: Os terminais em toda a ECSA continuam enfrentando pressão operacional, com congestionamentos persistentes em diferentes unidades. Santos, impactado principalmente por condições climáticas adversas, alta ocupação do pátio na Santos Brasil e acúmulo de atrasos de embarcações nas semanas anteriores. Os terminais de Paranaguá e Itapoá estão mantendo níveis elevados de utilização do pátio (cerca de 80%) e são ainda mais impactados pelas condições climáticas adversas e por fechamentos intermitentes. Em Buenos Aires, o pátio permanece com elevada ocupação, e o T4 continua enfrentando desafios de desempenho devido a falhas em guindastes. “Devido à sobreposição de chegadas de embarcações e atrasos na travessia do canal, as operações em Montevidéu foram retomadas após vários dias de greve; entretanto, a produtividade dos berços permanece em cerca de 50%, impactada pela implementação de um novo sistema. Montevidéu opera atualmente sob a regra First-In, First-Out até que a fila se estabilize (2 a 3 dias de tempo de espera para embarcações na janela de atracação). Já Rio Grande segue altamente restrito, operando exclusivamente em condições BW, sem expectativa de recuperação significativa antes do final do ano.

    WCSA: Operações portuárias estão enfrentando um ambiente de preocupações mistas com a segurança e desempenho variável dos terminais. A produtividade dos terminais varia significativamente; enquanto Guayaquil/TPG relatou recentemente o desempenho mais elevado, outros como Puerto Bolivar e Guayaquil/Contecon estão sob pressão, com terminais-chave como Callao/APMT e Posorja em status de Hypercare.

    CAC: Ações estão sendo adotadas para mitigar níveis do pátio e seus impactos no fluxo de cargas. Os terminais do Panamá e de Cartagena, COL, apresentam boas condições para as embarcações da Maersk. Navios fora da janela poderão enfrentar 1 ou 2 dias de espera.

    Área portuária do terminal de navios Maersk
    1 a 3 dias
    América Latina
    1 a 3 dias
    San Lorenzo, Caucedo, Puerto Barrios, Sto. Tomás de Castilla, Puerto Cortés, Santos Brasil, Paranaguá, Montevidéu, Rio de Janeiro, Zarate
    Resto do mundo
    1 a 3 dias
    Houston

    Atualizações de transporte terrestre

    América Central, Região Andina e do Mar do Caribe

    El Salvador/Guatemala: Na alta temporada que marca o fim do ano, os volumes de importação e exportação na região registram um crescimento significativo. Nesse contexto, é comum que os importadores enfrentem desafios em sua cadeia de suprimentos, o que afeta a continuidade de seus embarques. Dispor de transporte adequado, equipe operacional preparada e planejamento antecipado para reagir com agilidade a variações no volume de cargas ou a necessidades de última hora será fundamental nesta temporada. Se sua operação estiver enfrentando aumento de volume ou necessitar de coordenação imediata de coleta, nossa equipe pode oferecer suporte no agendamento de transporte e na gestão aduaneira. Uma cadeia de suprimentos ágil vai além do porto. Por isso, reforçamos nossas soluções terrestres para assegurar capacidade, velocidade nas entregas e cobertura eficiente, tanto em rotas de importação quanto em operações transfronteiriças entre Guatemala e El Salvador.

    Região Costa Leste da América do Sul

    Região de Manaus: A estação seca na região já está impactando o nível dos rios, o que afeta tanto a capacidade quanto os volumes de transporte. Como resultado, prevemos atrasos e restrições na capacidade das embarcações nas próximas semanas. No transporte terrestre, não esperamos restrições de capacidade; no entanto, prevemos uma redução nos volumes devido às limitações marítimas causadas pelo baixo nível dos rios.

    Paraguai — Serviço de Barcaça: No Paraguai, onde operamos nosso serviço de barcaça, a temporada seca também está começando. Prevemos atrasos de entrega e possíveis restrições nas próximas semanas devido aos baixos níveis fluviais.

    Brasil — Principais Certificações: Temos o prazer de compartilhar duas conquistas importantes no Brasil nos últimos meses:
    Certificação AEO — Um marco significativo que melhora nossa conformidade e eficiência operacional.
    Certificação SASSMAQ para nossa frota própria que opera no Porto de Santos — Trata-se de um passo crucial para fortalecer nosso apoio aos clientes da indústria química nessa região.

    Caminhão da Maersk em movimento na estrada

    Destaques

    Entregue abacates de qualidade, independentemente da distância

    Abacates enfrentam uma jornada exigente desde as plantações na Colômbia até os mercados internacionais. Com cada ponto de contato vem o desafio de preservar o frescor e a qualidade. Superar esses obstáculos requer mais do que esforço; requer as soluções certas para cadeia fria, a especialização correta, e dedicação para entregar no prazo e em perfeitas condições.

    Mais informações

    Uma pilha de abacates maduros repousando sobre uma superfície preta lisa.

    O mais novo armazém do Panamá mantém você em movimento

    Desde a redução dos prazos de entrega até o suporte a necessidades verticais específicas, nossa mais recente instalação no Panamá Pacífico foi projetada para acelerar a movimentação de suas cargas e permitir o progresso de seus negócios. Como a instalação de armazenagem consegue fazer isso?

    Mais informações

    Instalação de armazém da Maersk com grandes edifícios cinza e espaços de estacionamento vazios no Panamá Pacífico.

    Saiba mais com a equipe global da Maersk

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